A polícia francesa efetuou uma busca nas instalações episcopais de Lyon no âmbito de um inquérito aberto por não-denúncia de agressões sexuais contra responsáveis da diocese, incluindo o cardeal Barbarin.
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Este inquérito foi aberto ao mesmo tempo da acusação, no final de janeiro, de um padre suspeito de pedofilia.
"O cardeal Philippe Barbarin expressou em numerosas ocasiões a vontade de cooperar, de forma transparente, com a justiça: mantém-se à sua disposição com confiança", afirmou a diocese em comunicado.
Sem visar diretamente Barbarin, também arcebispo de Lyon, a justiça francesa abriu dois inquéritos preliminares na sequência das queixas apresentadas: uma por "não-denúncia" e "perigo para a vida de terceiros", a segunda ainda sem motivo.
A Igreja francesa tem atuado nos casos de pedofilia, sobretudo desde a condenação em 2001 do bispo Pierre Pican a três meses de prisão com pena suspensa por "não-denúncia" das violações de menores cometidas por um padre da sua diocese.
O Vaticano defendeu Barbarin, afirmando que o cardeal tem gerido este dossiê "com muita responsabilidade", ao deparar-se com "uma situação que remonta há vários anos".