O candidato presidencial venezuelano Henrique Capriles Radonski saudou a elevada participação nas eleições presidenciais deste domingo, sublinhando ser uma demonstração de que os venezuelanos querem resolver as diferenças em democracia.
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"É uma demonstração ao mundo de que somos os melhores. Hoje vamos dizer ao mundo que os venezuelanos querem mais e melhor democracia", disse Henrique Capriles Radonski poucos minutos depois de exercer o seu direito de voto no Colégio Santo Tomás de Villanueva, em Caracas.
O candidato da oposição pediu paciência às pessoas que ainda esperam para votar, porque "o futuro da Venezuela vale tudo".
"Estou, como a imensa maioria dos venezuelanos, com poucas horas de sono, hoje é um dia histórico para a nossa Venezuela (...), estive a conversar com vários governadores sobre como está o processo em cada um dos estados. O processo é de participação em massa, o que demonstra uma vez mais que os venezuelanos querem resolver as nossas diferenças pela via do voto, em democracia", afirmou Capriles Radonski.
"Amanhã vamos ser uma só Venezuela, esta mesma noite, estou seguro, vamos estar todos abraçados como venezuelanos que somos", disse ao ser questionado sobre como será a Venezuela depois das eleições e exibiu um par de sapatos que diz serem "da sorte" e que usa "cada vez que há eleições".
Capriles Radonski insistiu que "todos os venezuelanos, pensem como pensem, têm direito a exercer o voto e até que não exista um só eleitor o centro deve permanecer aberto".
"O que se passe hoje para mim é sagrado. Os que participamos neste processo aceitamos regras. Tudo o que consegui tem sido por vontade popular, pela expressão dos venezuelanos, pelo voto, o que o povo disser hoje para mim é uma palavra sagrada e para saber ganhar há que saber perder. Os venezuelanos vão decidir e o que o povo disser vai ser acatado", enfatizou.
Questionado sobre se estaria na disposição de telefonar ao seu adversário o atual presidente Hugo Chávez, fez finca-pé que "há que dar o exemplo".
"A primeira pessoa que vou chamar, ao conhecer os resultados, vai ser o Presidente (Hugo Chávez), assim tem que ser. Os venezuelanos estão a dar um exemplo, os líderes têm que dar um exemplo também", disse.
Insistiu que na Venezuela hoje "vai haver um ganhador e um presidente eleito, mas não vai haver um povo derrotado".
"Amanhã somos um só país, uma só Venezuela", concluiu.