A Casa Real de Espanha declarou, esta segunda-feira, o "seu respeito absoluto pela independência da justiça", depois da decisão de um juiz levar a tribunal a irmã do rei Felipe VI, a infanta Cristina, por cumplicidade em fraude fiscal.
Corpo do artigo
Jose Castro, o juiz do tribunal de Palma de Maiorca encarregado do processo, considera, na sua ordem divulgada esta segunda-feira, que a infanta colaborou com o seu marido, Iñaki Urdangarin, em dois crimes fiscais.
Além do casal, outras 15 pessoas são julgadas no âmbito do caso.
A Casa Real já tinha assegurado antes respeitar as decisões judiciais no quadro deste inquérito, que durou quatro anos, quando, por exemplo, o juiz confirmou a acusação da infanta e do seu marido.
O rei Felipe VI subiu ao trono em junho e a sua irmã Cristina foi a grande ausente da cerimónia de entronização. A infanta também já não participa em qualquer ato oficial relacionado com a família real, composta pelo rei, pela rainha e pelas suas duas filhas.
Segundo a imprensa espanhola, o rei terá tentado convencer a irmã a renunciar aos seus direitos dinásticos, dado que em teoria ela pode ainda reivindicar o trono, aparecendo em sexto lugar na ordem de sucessão monárquica.