Cerca de dois mil migrantes, entre os quais numerosos "rohingyas", minoria muçulmana considerada como perseguida pela ONU, foram socorridos perto das costas da Indonésia e da Malásia, após terem sido presumivelmente abandonados pelos seus traficantes.
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Quatro embarcações com cerca de 1400 pessoas a bordo chegaram, esta segunda-feira, às costas da Malásia e da Indonésia, um dia depois da chegada à Indonésia de um primeiro grupo de 600 pessoas e as autoridades dos dois países temem um novo afluxo nos próximos dias. Entre os migrantes encontram-se pelo menos 92 crianças.
Estes migrantes parecem ter sido vítimas involuntárias da nova política da Tailândia, o seu ponto de passagem habitual, que decidiu reprimir o tráfico de clandestinos após a descoberta na selva de valas comuns com os restos mortais de vários deles.
Todos os anos dezenas de milhares de candidatos ao exílio passam pelo sul da Tailândia, para a Malásia e além dela, para fugir à pobreza no Bangladesh ou à violência no caso dos "rohingyas" da Birmânia.
A Birmânia, de maioria budista, considera os cerca de 1,3 milhões de "rohingyas" como imigrantes ilegais do Bangladesh e dezenas de milhares de pessoas desta etnia fugiram do país desde a violência interétnica mortífera de 2012.