Daniel Sancho, chefe de cozinha espanhol, acusado de matar e desmembrar Edwin Arrieta, cirurgião colombiano, na Tailândia, mudou de advogado e afirmou em tribunal, esta segunda-feira, não ter premediatado a morte do médico de 44 anos. O arguido confessou, contudo, que desmembrou e escondeu o corpo.
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O chef espanhol de 29 anos, em prisão preventiva desde 7 de agosto, recusou esta segunda-feira ter premeditado a morte de Edwin Arrieta, mas confessou ter desmembrado e escondido o corpo. O suspeito negou ainda ter destruído o passaporte da vítima, de acordo com diário espanhol "El Mundo".
O filho de Rodolfo Sancho, ator que integrou o elenco da série "O Mistério do Tempo" e de Silvia Bronchalo, também atriz, está acusado de homicídio premeditado, profanação e ocultação do cadáver de Edwin Arrieta, cirugião de 44 anos, na ilha de Kho Phanganos, na Tailândia, local onde estavam a passar férias.
Daniel Sancho mudou de advogado, depois de o tribunal ter validado a sua reclamação contra o advogado oficioso por este não o ter visitado na prisão.
Em tribunal, o arguido argumentou que a morte do cirugião de 44 anos foi um acidente. Esta audiência era para ter decorrido a 26 de outubro, mas foi adiada devido ao pedido de Daniel Sancho para ter um tradutor para espanhol em vez do Inglês. A próxima sessão está marcada para o dia 27 de novembro, momento em que o Ministério Público tailandês vai apresentar todas as provas recolhidas, segundo o "El Mundo".
Durante a fase de interrogatório, o jovem espanhol garantiu ter matado Arrieta, no dia 2 de agosto, na sequência de uma discussão e ter desmembrado o corpo na ilha de Phangan. Em agosto, a imprensa tailandesa noticiava que Edwin Arrieta terá dito ao acusado que, se terminasse o relacionamento que mantinham, ia revelar fotografias comprometedoras dos dois juntos.
"Sou culpado, mas fui refém de Edwin. Manteve-me como refém. Era uma jaula de cristal, mas era uma jaula. Levou-me a destruir o meu relacionamento com a minha namorada, obrigou-me a fazer coisas que nunca teria feito", disse Daniel Sancho, citado pela agência espanhola Efe, no dia seguinte à detenção.
As autoridades encontraram 14 partes do corpo do cirurgião, a maior parte estava numa mala no fundo do Golfo da Tailândia.