Chefe da diplomacia angolana reconhece que situação em Bissau "não é das melhores"
A situação em Bissau "não é das melhores", reconheceu o chefe da diplomacia angolana, em entrevista à agência Angop, antes de partir para Portugal, onde vai presidir à reunião da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
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Georges Chicoti, que falava ao final da noite de quinta-feira, acrescentou que a Guiné-Bissau vive uma situação anticonstitucional e que esse é um problema que a comunidade internacional, particularmente a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e a União Africana, têm de condenar com a devida energia.
"A situação não é das melhores na Guiné-Bissau e, neste momento, nem sabemos o que se está a passar por lá", sublinhou.
A mais recente onda de instabilidade na Guiné-Bissau foi de novo protagonizada por movimentações de militares, que na noite de quinta-feira efetuaram disparos de armas pesadas e ligeiras, com as embaixadas na capital guineense a serem cercadas para prevenir tentativas de pedidos de asilo.
A intervenção militar ocorreu dias depois de Angola ter anunciado o fim da Missão Militar Angolana na Guiné-Bissau, denominada Missang, formalmente lançada a 21 de março de 2011 com o objetivo de apoiar a reforma do setor militar guineense.
A Missang conta com 200 efetivos militares e policiais angolanos, ainda estacionados em Bissau, e as autoridades angolanas decidiram pôr-lhe um fim na sequência de críticas da hierarquia militar guineense.
A reunião do Conselho de Ministros da CPLP foi convocada por Angola, que preside à organização, para debater a situação na Guiné-Bissau.