O Governo chinês lançou uma campanha contra os abortos em função do sexo do feto de forma a reduzir o desequilíbrio na proporção entre homens e mulheres.
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Segundo a agência oficial Xinhua, um dos objetivos da iniciativa, que a Comissão Nacional de Saúde e Planificação Familiar pôs em marcha em abril e que se prolonga até novembro, é diminuir a recorrência das mulheres a exames médicos que determinam o sexo do feto.
Os abortos em função do sexo do feto, um fenómeno social conhecido como feticídio, e os exames que o determinam são ilegais na China, embora a preferência por filhos varões e a política do filho único (instaurada no final da década de 70 e que foi revista no final de 2013) tenham tornado estas práticas populares.
Em 2014, havia 115,88 rapazes por cada 100 raparigas na China, o que coloca o país no topo do "ranking" de disparidade de sexos entre a população infantil.
A perseguição às agências de fertilidade ilegais e às clínicas e ginecologistas itinerantes fazem também parte das atividades da campanha, bem como o controlo sobre equipamento médico e medicamentos utilizados nos abortos e nos exames médicos.
No âmbito da campanha, as autoridades chinesas vão ainda elaborar uma lista "negra" com os nomes das organizações envolvidas em atos ilegais.