"Comboios sobrelotados na Alemanha", disse Greta, que afinal ia em primeira classe
A jovem ativista sueca Greta Thunberg, de 16 anos, escreveu no Twitter, no sábado, que estava a "caminho de casa" a viajar pela Alemanha em "comboios sobrelotados". Este domingo, a empresa ferroviária alemã Deutsche Bahn (DB) reagiu dizendo que seria "mais simpático" se Greta tivesse dito também como foi bem tratada pelos funcionários enquanto viajava em primeira classe.
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No regresso a casa, em Estocolmo, depois da viagem de barco pelo Atlântico dos EUA até Portugal e da participação na COP25 em Madrid, Greta comentou o facto de estar a viajar pela Alemanha em "comboios sobrelotados". Na publicação no Twitter, pode ver-se ainda uma fotografia da ativista sentada no chão de uma carruagem com várias malas ao lado.
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Este domingo, a empresa DB, que opera os comboios em que a jovem sueca viajou, decidiu responder, também através do Twitter: "Querida Greta, obrigado por nos apoiar, os trabalhadores ferroviários, na luta contra as alterações climáticas! Ficamos satisfeitos por ter estado connosco no [comboio] ICE 74 no sábado. E com 100% de eletricidade verde".
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E acrescentou: "Teria sido ainda mais simpático se tivesse relatado também a forma amigável e competente como foi tratada pela nossa equipa no seu lugar na primeira classe".
Além dos "tweets", a empresa emitiu um comunicado de imprensa, lembrando que os companheiros de viagem de Greta "estavam sentados na primeira classe desde Frankfurt".
Pouco depois, a jovem de 16 anos voltou a publicar no Twitter, alegando ter encontrado um lugar para se sentar depois de uma paragem em Gottingen e que o facto de os comboios estarem sobrelotados "não é um problema", mas sim um sinal positivo de que a procura é "grande".
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"O nosso comboio desde Basileia foi retirado de serviço. Então tivemos de nos sentar no chão em dois comboios diferentes. Depois de Göttingen, consegui um lugar. Isto não é um problema, como é lógico, nunca disse que era. Comboios sobrelotados é um ótimo sinal, porque significa que a procura por essas viagens é grande", escreveu Greta, defendendo-se, sem negar, no entanto, que viajou em primeira classe.
Este confronto no Twitter com a DB surge poucos dias depois de uma outra troca de mensagens entre a jovem sueca e o presidente dos EUA, Donald Trump. Depois de Greta ter sido eleita, na quarta-feira, a personalidade do ano pela revista "Time", Trump escreveu naquela rede social que a ativista "tem de aprender a controlar a raiva" e "relaxar", considerando a escolha "ridícula". Greta respondeu mudando a sua biografia no Twitter para acrescentar as palavras "atualmente a relaxar". No dia anterior, algo semelhante aconteceu com o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, que chamou a ativista de "pirralha".