O "último desejo" em forma de refeição concedido aos condenados do corredor da morte no Texas chegou ao fim. A refeição pedida, mas não comida, por Lawrence Russel Brewer, um dos três executados esta semana nos EUA, originou a denúncia de um senador estadual e o fim da regalia.
Corpo do artigo
O senador e presidente da Comissão de Justiça Criminal do Senado, John Whitmire, disse, em comunicado, que se opõe à prática de oferecer uma última refeição à escolha dos condenados.
"É extremamente inadequado dar a uma pessoa condenada à morte tal privilégio.Algo que o criminoso não deu à sua vítima", escreveu Whitmire.
O democrata disse "basta" depois de Lawrence Russel Brewer, acusado pela morte de James Byrd, que foi arrastado e decapitado por motivos raciais, ter pedido a sua refeição especial antes da morte.
Brewer pediu dois bifes de frango fritos com um molho especial, cobertos de cebolas em rodelas, um cheeseburger triplo de bacon, uma omelete de queijo e outros ingredientes, uma grande tigela de quiabo frito com ketchup, três "fajitas", um litro de gelado Blue Bell e um quilo de churrasco com meia fatia de pão branco. O pedido incluiu ainda manteiga de amendoim com amendoim moído, uma pizza e três cervejas.
O homem, executado às 7.21 horas (1.21 horas em Portugal continental) da passada quarta-feira, no Texas, não quis, depois, comer a última refeição, disse o porta-voz do Departamento de Justiça Criminal, Jason Clark.
O director executivo do mesmo departamento, Brad Livingston, acredita que "são válidas as preocupações do senador Whitmire quanto à prática de permitir aos infractores, do corredor da morte, escolherem a sua última refeição". O responsável pelo departamento disse ainda que os condenados "receberão a mesma refeição servida a outros infractores, na unidade".