O julgamento de Rafaela Vasquez, que seguia distraída no Uber autónomo que atropelou mortalmente Elaine Herzberg, em 2018, está marcado para fevereiro de 2021. Autoridades concluíram que o acidente envolveu erro humano.
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A condutora de segurança do carro autónomo da Uber que, em março de 2018, atropelou mortalmente uma norte-americana de 49 anos é acusada de homicídio por negligência, avança a BBC.
Elaine Herzberg seguia de bicicleta quando foi atropelada pelo veículo, na cidade de Tempe, Arizona. As autoridades concluíram que, no momento do acidente, Rafaela Vasquez, motorista de segurança do carro, estava a ver no telemóvel um episódio do programa de televisão "The Voice".
Ainda assim, Rafaela declarou-se inocente e ficou em liberdade a aguardar julgamento. A Uber não enfrentará qualquer acusação, depois de uma decisão de 2019 a dar conta de que não havia "base para responsabilização criminal" da empresa.
Durante as investigações, a polícia e o Conselho Nacional de Segurança no Transporte dos Estados Unidos concluíram que houve erro humano no acidente. Já que se encontrava no lugar do condutor, Rafaela Vasquez poderia ter assumido o controlo da viatura numa situação de emergência.
Imagens divulgadas pela polícia mostram a condutora a olhar para baixo durante vários segundos, imediatamente antes do atropelamento, quando o carro seguia a 63 km/h. Aliás, um relatório de 2018 das autoridades descreve a colisão como algo "perfeitamente evitável" se o motorista estivesse a olhar para a estrada.
Acusada a 27 de agosto, Rafaela fez a primeira aparição no tribunal esta terça-feira, dia 15 de setembro. O julgamento está agendado para fevereiro de 2021.