O Tribunal Constitucional espanhol decidiu proibir, por unanimidade, a investidura à distância de Carles Puigdemont como presidente do Governo da Catalunha.
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O Tribunal Constitucional espanhol reuniu este sábado, em sessão extraordinária, para analisar um recurso apresentado pelo governo de Mariano Rajoy para suspender a designação de Carles Puigdemont como candidato à presidência do executivo catalão.
A análise ao recurso começou às 13 horas (12 horas em Portugal continental) e só terminou pelas 21 horas (20 horas em Portugal continental).
Os magistrados do Tribunal Constitucional rejeitaram a pretensão de Madrid de anular a candidatura do ex-presidente catalão mas acordaram por unanimidade advertir o parlamento de que Puigdemont só poderá assumir o cargo se regressar a Espanha.
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O novo presidente do parlamento catalão, Roger Torrent, propôs no início da semana em Barcelona o nome do líder separatista Carles Puigdemont para dirigir (novamente) o governo da Catalunha, apesar de todos os obstáculos jurídicos que isso implica uma vez que está na Bélgica desde outubro.
O ex-presidente catalão estaria mesmo a negociar com os nacionalistas flamengos a possibilidade de proferir o seu discurso de investidura, na terça-feira, a partir do parlamento flamengo.
Puigdemont, atualmente na Bélgica, "não está em condições de se apresentar como candidato, [...] uma pessoa que está a ser procurada pela polícia" não pode ser investido como presidente do governo catalão, disse a vice-presidente do executivo espanhol, Soraya Sáenz de Santamaría, na passada quinta-feira, no final do Conselho de Ministros.