A Coreia do Norte desmentiu esta quarta-feira que o líder, Kim Jong-un, tenha distribuído o livro "Mein Kampf" ("A minha luta") de Adolf Hitler aos responsáveis do regime e ameaçou "eliminar fisicamente" os dissidentes que publicaram esta informação.
Corpo do artigo
O Ministério da Segurança Popular norte-coreano "eliminará fisicamente a desprezível escória humana", que cometa "atos de traição" a mando da Coreia do Sul e dos Estados Unidos da América, indicou, num comunicado oficial difundido pela agência estatal KCNA.
O ministério referia-se a um artigo publicado pelo New Focus, um site sul-coreano gerido por dissidentes do Norte. O artigo indica que Kim Jong-un distribuiu cópias do livro de Hitler a responsáveis norte-coreanos.
Este artigo, difundido por vários média da Coreia do Sul, também garantia que o poder norte-coreano estava a estudar a experiência de reconstrução na Alemanha, depois da Primeira Guerra Mundial, durante o "Terceiro Reich".
A Coreia do Norte acusou os dissidentes, que publicaram o artigo, de participar numa campanha para denegrir a "grande personalidade do líder" do país comunista, no qual critica a autoridade máxima do Estado é considerado um delito grave, de acordo com a agência noticiosa espanhola EFE.
No comunicado, o ministério garantiu que a campanha é organizada pelos governos norte-americano e sul-coreano e acrescentou que o exército norte-coreano está indignado com a ação.
A Coreia do Norte é um dos países mais fechados do mundo e, frequentemente, as informações publicadas sobre o regime são conseguidas junto de fontes anónimas e são de difícil confirmação.
Pyongyang acusou várias vezes a Coreia do Sul e os Estados Unidos de promoverem e financiarem campanhas de difamação da imagem do país.