A Coreia do Sul afirmou, esta terça-feira, que o seu vizinho a norte lançou hoje um alegado "veículo de lançamento espacial", enviando alertas públicos sobre possíveis evacuações, e o Japão ativou o plano de resposta a mísseis em Okinawa.
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De acordo com a agência de notícias AP, as autoridades de Seul, a capital da Coreia do Sul, enviaram alertas através de altifalantes públicos e mensagens nos smartphones para que os residentes se preparassem para possíveis evacuações, mas não houve relatos imediatos de danos ou perturbações.
O Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas da Coreia do Sul não forneceu mais informações, confirmando apenas que tinha recebido um aviso da Coreia do Norte de que planeava colocar em órbita o seu primeiro satélite espião militar.
A guarda costeira japonesa tinha afirmado na segunda-feira que a Coreia do Norte a informou de um plano de lançamento de um satélite entre 31 de maio e 11 de junho, mas já hoje as autoridades nipónicas acionaram o alerta antimísseis em Okinawa, no sul do país.
O sistema de alerta J-Alert foi ativado às 6.30 horas locais (21.30 horas em Portugal continental) nesta região do sudoeste do país, tendo sido recomendado à população que procure refúgio devido à possibilidade de impacto, noticia a agência espanhola de notícias, a Efe.
O lançamento de um satélite pela Coreia do Norte constitui uma violação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU que proíbem o país de utilizar tecnologia balística, uma vez que é considerada uma cobertura para testes de mísseis.
O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, alertou hoje a Coreia do Norte que qualquer lançamento usando tecnologia de mísseis balísticos violaria as resoluções do Conselho de Segurança da Organização.
"O secretário-geral exorta a República Popular Democrática da Coreia a retomar os esforços diplomáticos em direção à paz sustentável e à desnuclearização completa e verificável na Península Coreana", disse o porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, em comunicado.
"Qualquer lançamento usando tecnologia de mísseis balísticos seria contrário às resoluções relevantes do Conselho de Segurança", concluiu num comunicado divulgado há poucas horas.