As forças curdas já recuperaram o controlo de "cerca de 90% da cidade de Kobane" na Síria, que tem estado controlada pelo grupo Estado Islâmico.
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Em comunicado, o comando militar dos EUA para o Médio Oriente (CentCom) "confirma que as forças anti-Estado Islâmico (EI) controlam cerca de 90% da cidade de Kobane".
Os dirigentes militares norte-americanos congratularam-se também, segundo o texto, pelo facto de "o fracasso do EI em Kobane priva-o de um dos seus objetivos estratégicos", considerando contudo que "a guerra contra o grupo está longe de estar terminada".
Antes, Washington tinha manifestado prudência em relação aos anúncios de vitória feitos pelas forças curdas no terreno.
Uma atmosfera de descontração reinava nas regiões curdas sírias, depois da expulsão do grupo da cidade, na que foi a sua derrota mais pesada na Síria.
Desde o início da batalha, em meados de setembro, os combates pela cidade fizeram mais de 1800 mortos, dos quais mais de mil entre as fileiras do EI, segundo um balanço atualizado do Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
As forças curdas combateram no solo, com o apoio crucial dos ataques aéreos da coligação contra o EI, dirigida pelos EUA. No total, os aliados fizeram 705 ataques aéreos contra o EI na cidade e arredores, segundo as estatísticas militares norte-americanas.
O Pentágono mostrou-se prudente sobre a importância propriamente militar de uma vitória curda em Kobane. "A importância de Kobane é a importância que o EI lhe atribuiu", afirmou o porta-voz do Pentágono, coronel Steve Warren.
O EI "consagrou recursos enormes, tanto humanos, como equipamentos" a esta batalha e "encaixou um golpe duro". É mais uma prova de que as posições do EI "começam a deteriorar-se", considerou.