A organização Human Rights Watch denunciou, esta segunda-feira, o desalojamento forçado de 21 mil refugiados somalis em Mogadíscio por parte das forças de segurança.
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"O Governo da Somália não fez quase nada para resolver as miseráveis condições de vida de milhares de deslocados em Mogadíscio (...). Agora, desaloja-os violentamente, deixando-os sem casa e na miséria", afirmou Leslie Lefkow, investigadora principal para África da HRW, em comunicado.
Segundo a organização, entre 4 e 5 de março, 21 mil deslocados internos do acampamento de Kahda, no distrito homónimo da capital, foram desalojados.
Durante a operação, agentes agrediram aqueles que mostraram resistência, destruíram acampamentos, tendas e ameaçaram os deslocados que deixaram sem água ou comida.
Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, pelo menos 25.700 pessoas foram desalojadas à força nos dois meses anteriores a esta operação.
Organizações internacionais de ajuda humanitária calculam que haja mais de um milhão de pessoas deslocadas internamente na Somália, das quais 370 mil se encontram refugiadas em Mogadíscio.