Uma ofensiva conjunta entre as autoridades de vários países europeus levou à prisão de 13 alegados lideres e membros da organização terrorista de origem curda e sunita Rawti Shax ou Didi Nwe, o "novo curso" ou "para a montanha", listada pela ONU como afiliada à al-Qaeda.
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Outros suspeitos não puderam ser presos nesta operação, lançada uma semana antes dos atentados em Paris por, alegadamente, terem viajado para o Médio Oriente (Síria e Iraque) para juntar-se a organizações jiadistas da ISIS e al-Nusra, assim como FTFS, soube o JN.
Esta operação antiterrorista decorreu, em simultâneo, em Itália, Reino Unido, Noruega, Finlândia, Alemanha e Suíça, com a cooperação das polícias e autoridades judiciais dos respetivos países.
Entre os detidos nesta ofensiva europeia, tutelada pelo Ministério Público de Roma, não haverá portugueses, segundo soube o JN junto de uma fonte próxima da Eurojust, que, desde 2011, tem vindo a organizar o intercâmbio de informações entre as autoridades competentes e a execução dos pedidos de assistência jurídica mútua no combate a esta organização terrorista.
Dirigida por Najmuddin Faraj Ahmad, conhecido como Mullah Krekar, esta organização terrorista representa uma evolução de Ansar Al Islam. O seu principal objetivo é derrubar violentamente o governo curdo iraquiano atual e substituí-lo por um califado regido pela lei Sharia.
De acordo com a investigação, ao contrário de Ansar Al Islam, a rede terrorista Rawti Shax surgiu e está enraizada na Europa, com células a comunicar e a operar através da Internet, com uma estrutura ativa, especialmente na Alemanha, Suíça, Reino Unido, Finlândia, Itália, Grécia, Suécia, Noruega, o Iraque, o Irão e na Síria.
Segundo as autoridades, como o grupo evoluiu, "tornou-se ativo no fornecimento de apoio logístico e financeiro para recrutar combatentes terroristas estrangeiros (FTFS) para ser enviado para a Síria e Iraque, também com a intenção de treiná-los para o futuro conflito no Curdistão".