Um rapaz, entre 12 e 13 anos, que usava um cinto de explosivos foi detido pelas forças de segurança na cidade de Kirkuk, no Iraque.
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O rapaz-bomba estava assustado e começou a chorar assim que foi detido, no domingo à noite, depois de a polícia ter conseguido retirar-lhe o cinto de explosivos que tinha à cintura.
Durante o interrogatório, o menino, que vestia uma camisola do Barcelona com o nome de Messi nas costas, disse que tinha sido sequestrado por homens de cara tapada, que lhe colocaram os explosivos. A agência de notícias curda Rudaw indicou que o grupo Estado Islâmico já reivindicou a responsabilidade pelo bombista.
O jovem terá vindo da cidade iraquiana de Mosul, a segunda maior do país, que é controlada, desde junho de 2014, pelo Estado Islâmico.
O alvo do atentado seria provavelmente um local de culto xiita em Kirkuk, disse o chefe da polícia local, general Khattab Omar Aref, aos jornalistas.
"As forças policiais conseguiram frustrar uma operação terrorista que podia ter causado vítimas e uma catástrofe na província", a 240 quilómetros a norte de Bagdade, declarou à agência noticiosa France Presse (AFP) o governador de Kirkuk, Najmeddin Karim.
A detenção aconteceu menos de uma hora depois de um ataque contra uma mesquita de Kirkuk, disse o porta-voz da polícia local à Associated Press. Neste ataque morreu o bombista e duas pessoas ficaram feridas. O Estado Islâmico reclamou a autoria do ataque.
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A utilização de crianças neste tipo de ações faz crescer o receio junto das autoridades, que acreditam que esta pode ser uma nova estratégia usada pelo Estado Islâmico.
No passado fim de semana, um atentado num casamento na cidade turca de Gaziantep provocou 54 mortos e 94 feridos. O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que o bombista suicida responsável pelo atentado tinha entre 12 e 14 anos.