A polícia de Copenhaga, com um elevado número de agentes e fortemente armada, conduziu, este domingo, uma operação num cibercafé perto do local onde foi abatido o presumível autor dos dois ataques na cidade, refere a imprensa local.
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Na operação, no seguimento dos ataques que provocaram três mortos, foram detidas duas pessoas, segundo o canal televisivo TV2.
"Isto faz parte do nosso trabalho de inquérito", afirmou um polícia à cadeia de televisão pública DR.
Em conferência de imprensa, a polícia indicou estar a investigar nas casas daquele bairro, no qual o presumível autor dos ataques foi morto cerca das 4 horas pelas forças policiais, contra as quais disparou.
Os investigadores dinamarqueses divulgaram poucos elementos acerca do presumível atirador e não é pública a sua identidade, apesar dos serviços de informação terem revelado que já era conhecido.
"Trabalhamos na hipótese de a pessoa em questão ter sido inspirada pelos acontecimentos do Charlie Hebdo, em Paris", disse à imprensa Jebs Madsen, dos serviços de informação.
"Pode ter sido inspirado pela propaganda militante islâmica difundida pelo Estado Islâmico ou por outras organizações terroristas", acrescentou.
A polícia dinamarquesa anunciou hoje ter abatido o alegado autor dos dois atentados que fizeram dois mortos e cinco feridos, no sábado, em Copenhaga.
O primeiro tiroteio ocorreu durante a tarde de sábado num centro cultural em que se realizava um debate sobre a liberdade de expressão, com o artista sueco Lars Vilks, que vive há anos sob proteção policial devido às ameaças de grupos islâmicos depois de desenhar Maomé como um cão.
Uma pessoa de 55 anos morreu e três agentes ficaram feridos neste atentado, apesar de as autoridades não terem podido confirmar se Vilks era o alvo.
Já na noite de domingo, deu-se novo tiroteio junto à sinagoga de Copenhaga e morreu um jovem judeu que fazia guarda ao edifício, ficando ainda feridos dois polícias.