As autoridades egípcias proibiram a venda de coletes refletores amarelos, com receio de réplicas dos "coletes amarelos", que nos últimos fins de semana varreram as ruas de França com cenas de violência. Os receios aumentam com a chegada do aniversário da Primavera Árabe.
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O Egito foi um dos países onde os protestos da Primavera Árabe, em 2011 mais se fizeram sentir. É precisamente com receio de que um novo movimento de contestação chegue ao país, que as autoridades locais estão a limitar a venda de coletes amarelos. O movimento que começou em França ganhou fãs em alguns países.
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Segundo avança a "Associated Press" (AP), os lojistas estão a ser informados para não venderem coletes refletores amarelos, sendo que apenas as empresas registadas podem fazer esse tipo de compra e só com autorização prévia da polícia. Os vendedores que infringirem esta regra serão multados.
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"Eles não querem que as pessoas façam o que está a acontecer em França", disse um dos lojistas citado pela agência noticiosa. "A polícia chegou aqui há uns dias e disse para pararmos de vender estes artigos. Quando perguntamos o motivo, apenas nos explicaram que estavam a cumprir ordens", acrescentou o homem que não quis ser identificado.
As autoridades nacionais garantem que as restrições se vão manter em vigor até ao final de janeiro. À AP explicaram que foi convocado um encontro entre os comerciantes e a polícia.
Trata-se de mais um sinal de extrema preocupação por parte das autoridades daquele país com a possibilidade de celebrações relacionadas com a Primavera Árabe. No dia 25 de janeiro comemora-se o oitavo aniversário da efeméride que culminou com a queda de Hosni Mubarak.