Empresa que retirou Corina Machado da Venezuela nega ter sido contratada por Trump

Foto: Odd Andersen/AFP
Bryan Stern, um veterano de guerra norte-americano que retirou María Corina Machado da Venezuela por mar, recomendou à líder da oposição venezuelana que não regressasse ao país e garantiu não ter sido contratado pela Casa Branca.
O fundador do grupo Grey Bull Rescue, com sede em Tampa (Flórida), disse ao canal CBS que se encontrou com Corina Machado em alto mar e conseguiu levá-la para um local secreto nas Caraíbas, de onde a opositora venezuelana embarcou num avião com destino a Oslo para receber, na passada quarta-feira, o Prémio Nobel da Paz e reunir-se com a família.
"Foi perigoso. Foi assustador. As condições do mar eram ideais para nós, mas não eram águas onde se quisesse estar. Quanto mais altas as ondas, mais difícil é para o radar ver. É assim que funciona", disse Stern.
O ex-militar reconheceu que "ninguém gostou da viagem, especialmente María!".
Stern sublinhou ao canal que a Grey Bull não atua com fundos governamentais. "O Governo dos Estados Unidos não contribuiu com um único centavo, pelo menos que eu saiba", afirmou.
"Eu sou o profissional especializado em extrações e nunca fui contratado por Donald Trump", afirmou, negando versões que ligam o resgate ao círculo do Presidente dos Estados Unidos.
O veterano de guerra negou que a recolha tenha sido em Curaçao, assim como evitou falar a parte da operação em terra. "Ainda temos trabalho na Venezuela e não queremos colocar em risco as pessoas, fontes ou métodos envolvidos", justificou.
Quando se juntou a María Corina Machado, disse Stern, "estavam todos encharcados".
"A minha equipa e eu estávamos completamente molhados. Ela também estava com frio e molhada. Foi uma viagem muito difícil", disse Stern, que destacou que a Prémio Nobel da Paz é a pessoa de maior destaque que já resgatou.
