A epidemia do vírus zika poderá afetar entre três a quatro milhões de pessoas no continente americano, advertiu a Organização Mundial da Saúde esta quinta-feira.
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"Podemos esperar entre três a quatro milhões de casos", declarou um alto responsável da OMS para o continente americano, Marcos Espinal, após uma reunião em Genebra.
O porta-voz da OMS, Christina Lindmeier, disse à agência de notícias AFP que estes casos dizem respeito a todo o continente americano.
Lindmeier acrescentou que a OMS não dispõe ainda de estatísticas sobre o estado atual da epidemia, que é subestimada porque a maioria dos casos são leves.
A OMS vai determinar na próxima semana se o surto do vírus zika constitui uma emergência sanitária de alcance internacional, anunciou hoje a diretora-geral da instituição, Margaret Chan, de acordo com a agência de notícias EFE.
A OMS dedicou uma sessão do conselho executivo, que está a decorrer esta semana em Genebra, ao surto do vírus zika, que afeta mais de vinte países na América Latina.
A situação mais grave é a do Brasil, onde o Ministério da Saúde estima a ocorrência de entre 497.593 e 1.482.701 casos em 2015, incluindo 3.893 casos de microcefalia.
A Colômbia é o segundo país mais atingido, tendo sido confirmados 13.808 casos, incluindo em 890 grávidas, e 2.611 casos suspeitos.
O vírus zika é transmitido aos seres humanos pela picada de mosquitos infetados e está associado a complicações neurológicas e malformações em fetos. Não se transmite de pessoa para pessoa.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) indicou que "os sintomas e sinais clínicos da doença são, em regra, ligeiros: febre, erupções cutâneas, dores nas articulações, conjuntivite, dores de cabeça e musculares".