Israel precisa de parar de bombardear Gaza para que a libertação de reféns pelo Hamas possa ter lugar, disse o Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, neste domingo.
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"Penso que os israelitas e todos reconhecem que não é possível libertar reféns durante os ataques, pelo que os ataques terão de parar", disse Rubio ao programa de entrevistas da CBS News "Face the Nation".
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"Não pode haver uma guerra a meio", disse o principal diplomata dos EUA.
Numa troca de mensagens de texto com um repórter da CNN divulgada no domingo, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse "sim" quando lhe foi perguntado se o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, estava de acordo com o fim da campanha militar em Gaza.
Os negociadores de Israel e do Hamas vão manter conversações na cidade turística egípcia de Sharm El-Sheikh, com Netanyahu a manifestar a esperança de que os reféns detidos em Gaza possam ser libertados dentro de dias.
O impulso diplomático segue-se à resposta positiva do grupo militante palestiniano ao roteiro de Trump para o fim dos combates e a libertação de prisioneiros em Gaza em troca de palestinianos detidos nas prisões israelitas.
Rubio, que participou em vários programas de entrevistas de domingo para falar sobre a situação em Gaza, disse ao programa "Meet the Press" da NBC que havia "desafios logísticos" a enfrentar para abrir caminho à libertação dos reféns.
Previu também que os objetivos a longo prazo seriam "ainda mais difíceis" de atingir, no que diz respeito à forma como o território devastado pela guerra será governado e ao desarmamento dos militantes.
"Não é possível criar uma estrutura governamental em Gaza que não seja o Hamas em três dias. Quer dizer, leva algum tempo", disse Rubio à NBC.
Trump disse à CNN que esperava clareza "em breve" sobre se o grupo militante palestino - que realizou o ataque de 7 de outubro de 2023 a Israel que desencadeou o conflito - estava comprometido com a paz.
O presidente dos EUA acrescentou que se o Hamas se recusasse a ceder o poder, enfrentaria a "Obliteração Completa!"