O departamento de Estado dos Estados Unidos considerou, este sábado, "ofensiva" e "equivocada" a declaração do primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, de que Israel está a cometer "um genocídio" com a operação que lançou sobre Gaza.
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"Consideramos esta declaração ofensiva e equivocada", disse a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki, na sua conferência de imprensa diária.
Psaki rejeitou "esse tipo de retórica provocativa", que, segundo disse, "não ajuda e distrai" os esforços "urgentes" para conseguir um cessar-fogo.
Segundo a imprensa turca, Erdogan disse, numa mesquita em Istambul, que "Israel comete um genocídio" em Gaza e que o país "ameaça a paz mundial".
Questionada pelos jornalistas, a porta-voz recusou avançar com um número de mortos a partir do qual os Estados Unidos considerariam que está a ocorrer um genocídio em Gaza, onde já morreram mais de 290 pessoas, a maioria civis, incluindo cerca de 80 crianças.
Psaki afirmou que há uma "ampla gama de definições" e considerou "horrível" a morte de "tantos civis".
O exército israelita iniciou na quinta-feira a segunda incursão terrestre em Gaza desde que, em 2007, o movimento palestiniano islamita Hamas assumiu o controlo político e militar do território.