O FBI foi acusado pelo líder da minoria democrata no Senado, Harry Reid, de violar uma lei que impede os funcionários federais de influenciarem os resultados das eleições.
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O líder da minoria democrata no Senado, Harry Reid, acusou o diretor do FBI James Comey de violar a lei "Hatch", que impede os funcionários federais de exercerem a atividade política e interferirem nos resultados eleitorais.
De acordo com a estação televisiva norte-americana "CNN", a informação sobre os novos emails de Hillary Clinton é do conhecimento do FBI "há semanas", mas só agora, a oito dias das eleições, foi divulgada.
O jornal inglês "The Guardian" revela as palavras do senador democrata Harry Reid, que tem vindo a pôr em causa a neutralidade do FBI: "As vossas ações nos últimos meses demonstram um tratamento desigual e perturbador no tratamento de informação sensível, com o que parece ser um claro intuito de ajudar um partido político em detrimento de outro", escreveu.
Reid acrescenta que escreveu há meses a James Comey a pedir para que a informação fosse partilhada e acusou o FBI de "ações partidárias".
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O FBI obteve este domingo um mandado para prosseguir a investigação sobre os novos emails encontrados num computador do congressista Anthony D. Weiner (que foi apreendido aquando de uma investigação sobre um escândalo sexual, que envolveu a partilha de imagens eróticas entre o ex-deputado e uma jovem de 15 anos), onde estarão emails da sua ex-mulher Huma Abedin, que é hoje a assessora de Hillary Clinton.
Em causa está o processo que já tinha sido arquivado pelo FBI e que deu origem a uma investigação sobre a utilização por parte da candidata democrata de uma conta pessoal de email para as suas comunicações, durante o tempo em que esteve no Departamento de Estado.
Hillary Clinton assumiu que deveria ter utilizado a sua conta oficial e entregou na altura cerca de 55 mil páginas dos emails que teriam sido enviados da conta pessoal.
O próprio diretor do FBI admitiu que tem neste momento "pouca informação", mas já há quem peça a sua demissão, como é o caso do congressista democrata Steve Cohen, que usou a conta no Twitter para pedir a cabeça de James Comey.
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Donald Trump esfrega as mãos
Do lado dos republicanos a polémica alimenta a esperança de uma mudança na evolução das sondagens, que nas últimas semanas pareciam favorecer Hillary Clinton.
Donald Trump tem aproveitado o momento para arrasar a honestidade de Hillary e classifica o episódio como algo ainda "maior do que (escândalo) Watergate".
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