Mark James Asay, 53 anos, foi o primeiro homem branco executado na Florida pelo homicídio de um homem negro e com um anestésico nunca antes utilizado numa injeção letal nos Estados Unidos.
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O óbito foi pronunciado às 18.22 horas (23.22 horas em Portugal continental) de quinta-feira na prisão estadual de Starke.
Mark James Asay, 53 anos, foi o primeiro homem branco executado na Florida pelo homicídio de um homem negro. Foi sentenciado com a pena de morte por matar a tiro, em 1987, o afro-amaericano Robert Lee Booker, de 34 anos, e Robert McDoell, de 26.
Numa entrevista recente, Asay confessou que matou Lee Booker mas não McDowell, garantiu que não era racista e alegou que cometeu o crime quando estava alcoolizado. "Não sei o que se passou, perdi a cabeça", disse.
A Florida aplica a pena de morte desde 1827 mas nunca um homem branco tinha sido condenado por crime racial.
Na aplicação desta sentença, o estado norte-americano da Florida utilizou um anestésico nunca antes utilizado numa injeção letal nos Estados Unidos, noticiou a agência Associated Press.
O "cocktail" de três drogas administrado ao condenado foi antecedido da inoculação do anestésico etomidato.
Embora o uso deste anestésico tenha sido aprovado pelo Supremo Tribunal da Florida, o uso de etomidato tem sido criticado por a sua eficácia numa execução não estar cientificamente demonstrada.
O etomidato foi usado em substituição do midazolam, que se tornou difícil de adquirir depois de muitos laboratórios se recusarem a vendê-lo para execuções judiciais.
O midazolam é um potente sedativo cirúrgico usado para deixar o condenado inconsciente e anestesiado antes de lhe serem administradas as drogas que suspendem a respiração e o batimento cardíaco.
A eficácia do midazolam para esta utilização foi posta em causa nos últimos anos depois de execuções - no Alabama, Arizona, Ohio e Oklahoma - em que esta droga foi usada se terem complicado e prolongado, com sofrimento visível dos executados.