Apenas com máscara de gás, deixando de lado outros materiais de proteção, Keow Wee Loong decidiu fotografar a província a que chama "terra de ninguém". Nesta experiência levou consigo alguns amigos que o ajudaram a explorar a zona.
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Desde roupas a objetos valiosos, os japoneses deixaram tudo intacto e seguiram caminho sem levar nada. As fotografias retratam a destruição que um tsunami, seguida do desastre nuclear de Fukushima, causou na província do Japão.
Nas prateleiras estão as revistas e jornais que datam de Março de 2011, nos supermercados vêem-se os produtos embalados, na lavandaria a roupa ainda está na máquina e até os sinais de trânsito continuam a funcionar.
Este é o rasto deixado pelas 150 mil pessoas que foram obrigadas a deixar o local. Keow Wee Loong e os amigos exploraram e fotografaram as cidades Tomioka, Okuma, Namie e Futaba. Sem mapas nem GPS, conseguiram aceder clandestinamente à província que está interdita, devido aos elevados níveis de radiação.
No entanto, o jovem fotógrafo e os companheiros quebraram todas as regras. Na tentativa de não chamar a atenção da polícia, chegaram mesmo a entrar na zona vermelha, que é a zona de maior radiação. "Quando cheguei à zona vermelha, conseguia sentir o cheiro a químicos e os meus olhos começaram a arder", revelou Keow Wee Loong após a experiência. Acrescenta também que o silêncio daquelas cidades era estranho e que parecia que o tempo tinha congelado.
A província de Fukushima, localizada no Japão, foi devastada por um tsunami, provocado por um terramoto de magnitude 8.9. A catástrofe ocorreu em 2011 e teve como consequência um desastre nuclear, causado pela deterioração de três reatores nucleares. A cidade foi abandonada devido à forte exposição de radiação.
As fotos foram reveladas na sua página do Facebook onde escreve "Capturo história com a minha câmara e preservo momentos para as gerações futuras".