O presidente francês, François Hollande, tornou pública, esta quarta-feira, a composição do seu Governo, que integra o ex-primeiro-ministro Laurent Fabius, nos Negócios Estrangeiros e o diretor da campanha presidencial socialista, Pierre Moscovici, nas Finanças.
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A ausência mais significativa da lista de ministros, é a de Martine Aubry, líder do partido socialista, que, não tendo sido nomeada primeira-ministra, entendeu que "não faria sentido" integrar o Governo, que cumpre a promessa de paridade.
O novo executivo francês é dirigido por Jean-Marc Ayrault, nomeado na terça-feira como primeiro-ministro por François Hollande, e é composto por 34 ministros, excluindo Ayrault, mais dois do que o do anterior Presidente, Nicolas Sarkozy.
François Hollande cumpriu a promessa que fez em campanha: pela primeira vez em França um governo é paritário. Apesar disso, as pastas com maior peso, excluindo a Justiça, como Negócios Estrangeiros, Economia, Defesa e Interior, são da responsabilidade de homens.
Michel Sapin, próximo de Hollande, foi nomeado ministro do Trabalho e Arnaud Montebourg, membro da ala esquerda do Partido Socialista, fica encarregue da Reindustrialização.
Jean-Yves Le Drian fica com a pasta da Defesa e Manuel Valls, diretor de comunicação da campanha de François Hollande, e da ala direita do Partido Socialista, com o Ministério do Interior.
O novo governo terá como ministra dos Direitos das Mulheres a franco-marroquina Najat Vallaud-Belkacem, de 34 anos, que será também porta-voz do Governo.
Christiane Taubira foi nomeada ministra da Justiça. Aurélie Filipetti ficou com a pasta da Cultura e Marisol Touraine será ministra dos Assuntos Sociais e da Saúde.
No ministério da Economia e das Finanças, Pierre Moscovici terá como ajunto Jérôme Cahuzac, responsável pelo Orçamento.
Os ministros reúnem pela primeira vez na quinta-feira às 15 horas (14 horas em Lisboa).