O Conselho de Ministros da Alemanha aprovou, esta terça-feira, a intervenção das suas forças armadas na luta contra o grupo extremista Estado Islâmico na Síria, numa missão que poderá mobilizar até 1200 militares.
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Segundo a agência francesa AFP, Berlim tinha anunciado, na sequência dos atentados terroristas de Paris do passado dia 13 de novembro, que faria deslocar uma fragata e aviões de reconhecimento e de reabastecimento para apoiar as forças da coligação internacional que estão a bombardear alvos dos jiadistas na Síria.
Este mandato cobre todo o ano de 2016 e terá ainda de ser aprovado pelo parlamento alemão.
De acordo com o documento aprovado, a intervenção germânica abrange o envio de jatos Tornado de reconhecimento, uma fragata e até 1200 militares e surge na sequência de um pedido da França após os atentados terroristas de Paris, de 13 de novembro, que fizeram pelo menos 130 mortos.
"A contribuição alemã serve a luta contra o terrorismo e visa apoiar, em particular, a França, o Iraque e a coligação internacional na luta contra o Daesh", refere a resolução citada pela AFP.
O mandato é de um ano e terá um custo de 134 milhões de euros, podendo ser alargado no próximo ano.
O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Frank-Walter Steinmeier, reconheceu antes da votação que a luta prolongada contra o Daesh (o autoproclamado Estado Islâmico) na Síria poderia ser prolongada.
"Estamos a fazer o que é necessário em termos militares, o que podemos fazer melhor e o que podemos assegurar politicamente. Precisamos de paciência contra um inimigo como Daesh", disse Steinmeier o jornal alemão "Bild".
Até agora não foi definida qualquer data para a votação parlamentar, mas os media alemães consideram estar garantida, uma vez que os partidos da coligação que suportam o governo de Angela Merkel dispõem de uma ampla maioria no Bundestag.
Os aviões Tornado estão equipados com tecnologia de vigilância, podendo tirar fotografias de alta resolução e imagens de infravermelhos, mesmo de noite e com mau tempo, e transmiti-las em tempo real para as bases em terra.
A fragata poderá ajudar na proteção do porta-aviões francês Charles de Gaulle no Mediterrâneo Oriental, a partir do qual os caças estão a partir para os bombardeamentos.