O secretário da Defesa americano, Leon Panetta, afirmou hoje que o Iraque aceitou que as tropas dos Estados Unidos prolonguem a presença no país além de 2011, data da retirada decidida em 2008.
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"Finalmente disseram que sim", afirmou Panetta numa entrevista aos jornais Stars and Stripes e Military Times, citada pela agência noticiosa francesa AFP.
As modalidades do acordo sobre a manutenção da presença militar americana devem ainda ser negociados entre o Pentágono e as autoridades iraquianas, disse. Enquanto as negociações decorrem, os Estados Unidos vão "continuar a respeitar o compromisso de retirar todas as tropas de combate do Iraque", acrescentou o governante.
Depois destas afirmações de Panetta, um conselheiro do primeiro-ministro iraquiano veio esclarecer as informações avançadas, garantindo que não está concluído nenhum acordo sobre a matéria.
"Não foi ainda concluído nenhum acordo sobre a manutenção de formadores militares. As negociações estão em curso e não foram terminadas de forma definitiva", afirmou o conselheiro Ali Mussaui.
No acordo de 2008 ficou definido que os últimos 47 mil soldados americanos no terreno deviam sair do Iraque até 31 de Dezembro de 2011, após oito anos no país.
A 3 de Agosto, os dirigentes iraquianos anunciaram que aceitavam negociar com Washington a manutenção de um contingente limitado de formadores mericanos após 2011, uma decisão impopular mas ditada pela necessidade.
Os responsáveis americanos têm multiplicado os contactos com Bagdad para manter um contingente no país. Dirigentes militares das duas partes reconheceram que os meios em matéria de defesa anti-aérea, de segurança e de aviação são insuficientes, de acordo com o almirante mericano Mike Mullen.
Os países não precisaram ainda o número de soldados que serão eventualmente convidados a ficar, argumentando que isso depende das missões que o Iraque quiser confiar aos Estados Unidos. No entanto, a imprensa americana avançou com uma estimativa de 10 mil homens.