Depois de bombardear Líbano, Síria, Iémen e Irão, Israel voltou a alargar as fronteiras do conflito em Gaza, desta vez ao Catar, onde uma delegação do Hamas estava reunida para avaliar uma proposta de cessar-fogo.
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Paz é uma miragem
Israel deu mais um passo no sentido de estilhaçar qualquer esperança de paz em Gaza, visando, pela primeira vez, um alvo no Catar. O ataque foi dirigido aos membros do Hamas que estavam reunidos em Doha, para avaliar a última proposta de cessar-fogo, apresentada pelo Governo dos EUA. Netanyahu disse que os bombardeamentos foram uma resposta ao atentado da véspera.
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O número de vítimas do ataque a tiro ocorrido na segunda-feira, dia 8, em Jerusalém. O ataque foi reivindicado pelas Brigadas Ezzedine al-Qassam, braço armado do Hamas.
Trump torce o nariz
Segundo Karoline Leavitt, porta-voz da Casa Branca, Donald Trump "sentiu-se muito mal" quando soube que Israel estava a "bombardear unilateralmente o Catar, uma nação soberana e aliada próxima dos EUA". O presidente norte-americano frisou que os dirigentes cataris "estão a trabalhar arduamente e corajosamente, assumindo riscos, para negociar a paz". Porém, ressalvou que "eliminar o Hamas, que lucrou com o sofrimento das pessoas que vivem em Gaza, é um objetivo válido".
Líderes sobrevivem
O ataque ordenado por "Bibi" não parece, contudo, ter cumprido os objetivos. Suhail al-Hindi, membro do bureau político do movimento islamista palestiniano, garantiu que os líderes do Hamas sobreviveram. O bombardeamento matou o filho do negociador, um dos seus assessores, três membros da equipa de segurança da delegação e um membro das forças de segurança qataris.
"Os nossos inimigos têm de saber uma coisa: desde a criação de Israel, o sangue dos judeus não é barato!"
Benjamin Netanyahu
Primeiro-ministro de Israel