A polícia indonésia afirmou que uma organização local, com ligações ao grupo extremista Estado Islâmico, é a principal suspeita de ter perpetrado os atentados terroristas em Jacarta.
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"Existe uma forte suspeita de que se trata de um grupo indonésio com ligações ao Estado Islâmico (...) este grupo seguiu o padrão dos atentados de Paris", em novembro, disse o porta-voz da polícia Anton Charliyan.
O Estado Islâmico (EI) reivindicou uma série de ataques em Paris, em novembro, que causaram 130 mortos.
Anton Charliyan afirmou que o grupo tinha divulgado anteriormente um aviso enigmático, sobre "um concerto na Indonésia", o que levou a polícia a aumentar a segurança antes das celebrações do Ano Novo.
Em dezembro, a polícia indonésia frustrou uma série de conspirações terroristas, incluindo algumas ligadas ao EI.
Pelo menos sete pessoas - cinco atacantes e dois civis - morreram em Jacarta em vários ataques terroristas, múltiplas explosões seguidas de tiroteios, sobretudo na zona comercial da capital.
A polícia declarou o fim do ataque algumas horas depois do início.
Charliyan explicou que três bombistas suicidas e dois outros atacantes, armados com pistolas, realizaram os ataques, que começaram com uma explosão suicida num café da cadeia Starbucks, em frente a um centro comercial.
Ao mesmo tempo que a explosão ocorreu, dois atacantes armados esperavam no exterior e fizeram dois reféns, um argelino e um holandês. O cidadão da Holanda foi morto a tiro. Um indonésio que tentou ajudar foi também morto a tiro e o argelino ficou ferido, disse.
Depois de ouvirem a explosão, vários agentes deslocaram-se para a zona e mataram os atacantes.
"Logo a seguir, dois homens, que abandonaram a motorizada em que se deslocavam, correram para uma esquadra e fizeram-se explodir", explicou.
Quatro responsáveis policiais, que estavam no interior do edifício, ficaram gravemente feridos e encontram-se em estado crítico, disse Charliyan.
Quatro engenhos explosivos foram detonados durante os ataques - um no Starbucks, depois do atentado bombista, e durante um tiroteio entre a polícia e os atacantes.
De acordo com Jacarta, centenas de indonésias viajaram para a zona do autoproclamado califado do EI e dezenas regressaram entretanto, o que leva as autoridades a recear um aumento de atentados terroristas no país.