A ala armada do movimento islamita palestiniano Hamas divulgou os nomes dos três reféns israelitas, um deles germano-israelita, que irá libertar sábado em troca de prisioneiros palestinianos.
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“As Brigadas Ezzedine al-Qassam decidiram libertar [os reféns] amanhã, sábado”, declarou o porta-voz da ala armada do movimento islamita palestiniano, Abu Obeida, na rede social Telegram.
Os reféns a libertar, segundo Obeida, são o germano-israelita Ohad Ben Ami, de 56 anos, raptado com a mulher, Raz Ben Ami (já libertada), do kibutz Beeri, Eli Sharabi, de 53 anos, que perdeu os filhos e a mulher no ataque do Hamas ao mesmo kibutz, e Or Levy, de 34 anos, raptado no festival Nova.
As respetivas identidades foram confirmadas pelo Fórum das Famílias dos Reféns Israelitas antes de serem reveladas publicamente.
Em Jerusalém, Israel disse ter recebido do Hamas uma lista de reféns disponíveis para libertação no sábado.
A troca de reféns israelitas por prisioneiros palestinianos é a quinta desde a entrada em vigor da trégua, a 19 de janeiro, após 15 meses de guerra.
Ao anunciar a libertação dos três reféns – desconhece-se ainda quantos prisioneiros palestinianos serão trocados – o Hamas dissipa as dúvidas sobre esta nova troca após a proposta do presidente norte-americano, Donald Trump, de os Estados Unidos tomarem o controlo de Gaza.
Anteriormente, um porta-voz do Hamas acusou Israel de atrasar a entrada em Gaza do equipamento de remoção de escombros, alegando que isso estava a afetar a extração dos corpos dos reféns “mortos, bombardeados por Israel”.
Os três reféns, raptados durante o ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita, a 7 de outubro de 2023, deverão ser libertados em troca de palestinianos detidos em prisões israelitas, no âmbito da primeira fase do acordo de cessar-fogo.
O gabinete do primeiro-Ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que este iria acompanhar o processo a partir dos Estados Unidos, onde se encontra de visita.
O acordo de tréguas já conduziu a quatro séries de libertações, incluindo 18 reféns e cerca de 600 prisioneiros palestinianos.
A primeira fase das tréguas deverá resultar na libertação de um total de 33 reféns, incluindo pelo menos oito mortos, e de 1900 palestinianos.