O movimento islamita palestiniano Hamas, que controla a Faixa de Gaza, anunciou a execução, em breve, de pessoas reconhecidas culpadas de colaboração com Israel.
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"Os colaboradores que foram condenados à pena capital serão executados em breve, sem se ter em conta as posições das organizações dos direitos humanos hostis a estas penas", afirmou o ministro do Interior do governo Hamas num comunicado, sem precisar o número de condenados.
Segundo o Hamas, a justiça aprovou nos últimos dois meses a pena capital pronunciada contra "os agentes (de Israel) e os assassinos".
Desde que assumiu pela força o controlo da Faixa de Gaza, expulsando as forças fiéis ao presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, em Junho de 2007, o Hamas não aplicou as penas capitais determinadas pela justiça.
De acordo com a lei palestiniana, os colaboradores, os assassinos e os traficantes de droga podem ser condenados à pena de morte. A aplicação das sentenças necessita da aprovação do presidente da Autoridade Palestiniana, mas o Hamas não reconhece legitimidade a Abbas.
Grupos armados em Gaza mataram, no entanto, várias pessoas suspeitas de colaboração com Israel durante e após a ofensiva do exército israelita contra o território (de 27 de Dezembro de 2008 a 18 de Janeiro de 2009).
Em 2009, a organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch acusou o Hamas de ter morto 32 opositores políticos e presumíveis colaboradores e de ter "mutilado" dezenas de outros durante e depois da operação militar israelita na Faixa de Gaza.
As organizações de defesa dos direitos humanos denunciaram execuções extrajudiciais e exigiram ao Hamas o fim das agressões aos opositores.