Investigador principal do homicídio da namorada de Pistorius afastado do processo
O chefe da equipa de investigação do homicídio da namorada do atleta paralímpico sul-africano Oscar Pistorius foi esta quinta-feira afastado do processo, anunciou a comissária nacional da polícia da África do Sul, Riah Phiyega.
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O anúncio surge na sequência da revelação, esta quinta-feira, de que o detetive Hilton Botha está acusado de tentativa de homicídio de sete pessoas, num caso que remonta a 2011 e que teria sido arquivado e reaberto pela Procuradoria sul-africana.
A comissária Phiyega disse que Botha será substituído pelo "mais graduado detetive da África do Sul", o tenente-general Vinesh Moonoo.
Hilton Botha é acusado de ter disparado contra um táxi "minibus" na zona de Pretória, em 2011, quando alegadamente perseguia uma viatura onde seguia um suspeito de homicídio. Os sete ocupantes do táxi coletivo apresentaram queixa contra o agente, que seria acusado de sete tentativas de homicídio pela Direção de Acusações Públicas (DPP), o organismo de investigação interna da polícia sul-africana.
Na audiência de pedido de libertação sob fiança de Oscar Pistorius, acusado de ter assassinado premeditadamente Reeva Steenkamp em 14 de fevereiro, Botha, chamado a depor na qualidade de investigador principal, foi forçado a admitir, em contrainterrogatório da defesa, desconhecer elementos fundamentais do caso, nomeadamente telefonemas feitos ou não pelo arguido, a distância que separa o local do crime dos vizinhos mais próximos, entre outros.
Botha e a sua equipa não encontraram também uma bala, no interior de uma sanita, durante dois dias de análise do local do crime, e que viria a ser descoberto no três dias depois por um perito forense contratado pelo arguido.