O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, acusou o movimento islâmico Hamas de querer provocar um novo Holocausto, no dia em que o povo judeu lembra a tragédia.
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"Hamas nega o Holocausto e até mesmo tenta criar um Holocausto adicional com a destruição do Estado de Israel. Este é o Hamas com quem 'Abu Mazen' [o presidente palestiniano Mahmud Abbas] decidiu formar uma aliança a semana passada", disse o primeiro-ministro israelita durante a reunião semanal do seu gabinete, realizada este domingo, em Jerusalém.
De acordo com informações divulgadas pelo seu gabinete, Netanyahu expressou, no entanto, o desejo de que o presidente palestiniano "rejeite esta aliança com o Hamas e retorne ao caminho para a verdadeira paz".
"O Irão lidera a lista daqueles que querem as nossas vidas. Declararam a sua intenção de destruir-nos. Além dos seus esforços para obterem de armas nucleares, braços iranianos financiam e formam pessoas do Hamas e outras organizações terroristas em nossas fronteiras", acrescentou.
Netanyahu sublinhou que "a principal diferença" entre o que aconteceu durante a II Guerra Mundial e a situação atual "é que hoje temos um Estado soberano forte, com um Exército sólido que pode defender-nos contra os que querem nossas vidas".
Mahmud Abbas considerou, este domingo, que o Holocausto foi "o crime mais hediondo que ocorreu contra a humanidade na era moderna".
De acordo com a agência de notícias Wafa, Abbas juntou-se aos inúmeros gestos de simpatia à Israel, que lembram, a partir da noite deste domingo, o Dia do Holocausto, de acordo com o calendário judaico.
"Durante as cerimónias do Dia do Holocausto, fazemos um apelo ao Governo israelita de aproveitar a atual oportunidade para alcançar uma justa e completa paz na região, baseada na visão dos dois Estados: Israel e Palestina vivendo lado a lado em paz e segurança", disse Abbas.