Teerão prometeu punição, após ataque à embaixada iraniana na Síria que eliminou oficiais de topo da Guarda Revolucionária. Estados Unidos avisam que ameaça é “real e viável”.
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Subiram hoje de intensidade os avisos de que o Irão se prepara para atacar Israel a qualquer momento, em retaliação pela investida – nunca reivindicada por Telavive – sobre a embaixada iraniana em Damasco, na Síria, a 1 de abril, que resultou na morte do general Mohammad Reza Zahedi, comandante sénior da Força Quds do Corpo da Guarda Revolucionária Iraniana, e seis outros oficiais que participavam numa reunião nas instalações. O líder supremo do Irão, o ayatollah Ali Khamenei, anunciou que Israel “deve ser e será punido” por uma operação que disse ser equivalente a um ataque em solo iraniano. O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, alertou ontem que a ameaça do Irão é “real e viável”.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) dizem não ter emitido novas instruções aos civis mas pediram à população para permanecer vigilante. "Ao longo do último dia, os militares conduziram uma avaliação situacional e aprovaram planos para uma série de cenários após notícias e declarações sobre um ataque iraniano", disse ontem o porta-voz das FDI, Daniel Hagari, em comunicado, não comentando o facto de algumas missões diplomáticas israelitas terem sido parcialmente evacuadas, num cenário acompanhado de uma intensificação da segurança.