Israel repatriou, no ano passado, pelo menos mil refugiados sudaneses sem informar a ONU, numa operação secreta através de um terceiro país, noticia o diário "Haaretz", esta terça-feira.
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Os refugiados foram transferidos para o Sudão, país em estado de guerra com Israel, indica o jornal citado pela agência espanhola Efe.
Fonte oficial disse ao diário que Israel pagou os bilhetes e que, sem revelar a sua procedência, conseguiu enviá-los para o seu país de origem através de uma escala.
Parte dos repatriados encontrava-se em prisões israelitas por entrada ilegal no país, de acordo com uma lei aprovada em junho de 2012 segundo a qual as autoridades podem deter qualquer imigrante ilegal e mantê-lo preso durante anos.
A lei causou grande polémica, por evitar que Israel conceda o estatuto de refugiado a muitos imigrantes da África subsaariana que solicitavam esse estatuto ao entrarem no país através da fronteira com o Egito.