Israel lançou, ao início da madrugada desta terça-feira, “ataques extensivos” na Faixa de Gaza, que fizeram pelo menos 66 mortos e 150 feridos. Segundo a estação de televisão norte-americana CNN, a investida foi confirmada por fontes oficiais, como as Forças de Defesa e a Agência de Segurança israelita.
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Em comunicado citado pela CNN, ambas as entidades confirmaram que foram visados “alvos terroristas pertencentes à organização terrorista Hamas”.
A operação foi ordenada pelo primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, em coordenação com Israel Katz, ministro da Defesa. A justificação passou pela “recusa repetida” do Hamas em libertar reféns. "Não pararemos de lutar até que todos os nossos reféns estejam em casa e tenhamos alcançado todos os objetivos da guerra", referiu Katz.
“A partir de agora, Israel vai agir contra o Hamas com uma força militar crescente”, referiu o gabinete de Netanyahu, ainda de acordo com a CNN. "Isto aconteceu depois de o Hamas se ter recusado repetidamente a libertar os nossos reféns e ter rejeitado todas as ofertas que recebeu do enviado presidencial dos EUA, Steve Witkoff, e dos mediadores”, acrescentou.
Já fontes oficiais em Gaza relataram à agência AFP “pessoas presas sob os escombros” de edifícios destruídos pelos ataques e avançaram com o número provisório de vítimas mortais.
O Hamas já reagiu, avisando que os novos ataques em Gaza violam o cessar-fogo e colocam em risco o destino dos reféns.
Os bombardeamentos foram retomados dois meses depois de ter sido alcançado um cessar-fogo para interromper a guerra. Ao longo de seis semanas, o Hamas libertou cerca de três dezenas de reféns em troca de quase dois mil prisioneiros palestinianos.
Mas desde que a primeira fase do cessar-fogo terminou, há duas semanas, as partes não conseguiram chegar a acordo sobre uma forma de avançar com uma segunda fase, que visa libertar os quase 60 reféns que restam e acabar com a guerra.
Netanyahu ameaçou repetidamente retomar a guerra e, no início deste mês, cortou a entrada de todos os alimentos e entregas de ajuda em Gaza.