A reunião informal de ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia, em Vilnius, termina este sábado com uma sessão em que estará presente o secretário de Estado norte-americano e que voltará a ter a Síria como tema principal.
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Na sexta-feira à noite, após o primeiro dia de trabalhos em Vilnius, capital da Lituânia, ministro dos Negócios Estrangeiros português, Rui Machete, considerou, em declarações à agência Lusa, que será difícil a União Europeia chegar a uma posição comum sobre a resposta aos ataques químicos na Síria, dizendo que não acredita que a organização no seu conjunto apoie uma sanção militar.
Machete referiu no entanto que este é um assunto "muito complexo" e "que muda todas as horas".
"A opinião não é exatamente igual na intensidade do empenhamento dos diversos membros da União europeia, portanto, [no fim da informal] vai certamente dizer-se que há um ataque de armas químicas, que havia um armazenamento ilegal de armas químicas, entende-se que o culpado é o Governo sírio, mas dessa condenação a retirar-se a ideia de que deve haver uma sanção militar através de uma intervenção dos Estados Unidos e da França, aí provavelmente não se chegará tão longe", declarou o governante português.
Até agora, só a França assumiu publicamente disponibilidade para integrar uma ação militar contra o regime de Bashar al-Asad.
Segundo a imprensa internacional, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, que estará em Vilnius, seguindo depois para Paris e Londres, para tentar o alargar a base de apoio a uma eventual operação militar.
"O custo de não fazer nada é muito maior do que o custo da ação", afirmou o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, num artigo de opinião publicado sexta-feira no Huffington Post.
Entretanto, em São Petersburgo, no final do G20, o Presidente norte-americano, Barack Obama, anunciou que irá fazer uma nova comunicação ao país a propósito da questão síria, na próxima terça-feira.
No final da cimeira do G20, Austrália, Arábia Saudita, Canadá, Espanha, França, Itália, Japão, Reino Unido, Coreia do Sul, Turquia e Estados Unidos subscreveram uma declaração conjunta pedindo uma "resposta internacional firme" contra o uso de armas químicas na Síria.
A Alemanha foi o único país europeu membro do G20 que não assinou este apelo.