O presumível autor do homicídio de nove pessoas na cidade de Charleston, na Carolina do Sul, EUA, foi detido. Continuam por apurar as motivações do crime.
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O jovem de 21 anos, de cabelo louro, tinha sido identificado pelo FBI a partir das imagens registadas por uma câmara vídeo.
O tio do jovem que confirmou a identidade depois de ver as fotos publicados pelos jornais revelou que o jovem tinha recebido uma arma de presente no dia do seu aniversário, quando comemorou 21 anos. Por enquanto não se sabe se foi essa a arma usada no tiroteio.
Oito pessoas morreram dentro da igreja, frequentada pela comunidade africana, e outras duas foram transportadas para o hospital, onde uma não resistiu aos ferimentos. Uma das sobreviventes contou que foi poupada pelo suspeito para "viver e contar o que aconteceu".
"Acredito que se tratou de um crime de ódio", disse o chefe da polícia de Charleston, Gregory Mullen.
Apesar de escassearem detalhes sobre as motivações do crime, as questões de natureza raciais estão em cima da mesa, até porque ainda se vive no rescaldo da morte de Walter Scott, um homem negro de 50 anos, que foi morto por um agente de autoridade em abril último com oito tiros.
Segundo a Associated Press, as circunstâncias da morte de Walter Scott motivaram a criação de uma proposta de lei na Carolina do Sul que pretende criar a obrigatoriedade de os agentes possuírem câmaras no seu corpo. E o pastor morto, Pinckney, de 41 anos, foi um dos que subscreveu a iniciativa.
Os conflitos raciais na cidade vêm de longe. Charleston é uma cidade com 127 mil habitantes, habitada por 67% de população branca e 29% de população negra. E o Estado de Carolina do Sul manteve a escravidão até meados do século XIX.