Saiu esta quinta-feira em liberdade provisória a mãe espanhola que "sequestrou" os dois filhos menores de idade por recusar vaciná-los contra a covid-19. A progenitora tinha-se entregado na quarta-feira num tribunal em Sevilha, juntamente com as crianças, depois de se ter refugiado com elas em Portugal.
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Após ter comparecido perante um juiz do Tribunal de Instrução n.º 2 de Sevilha, Cristina Mariscal Copano foi colocada em liberdade provisória. O tribunal aplicou-lhe adicionalmente uma medida cautelar de afastamento das duas crianças, com as quais também não poderá comunicar, segundo avança a imprensa espanhola.
Cristina Copano foi detida na quarta-feira depois de se ter apresentado em tribunal com Hugo, de 12 anos, e Diego, de 14. Está agora acusada de alegado rapto parental dos dois filhos, que não eram vistos desde 16 de dezembro. A mulher tinha-se refugiado com as crianças em Portugal, na cidade algarvia de Aljezur.
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Segundo adiantou o advogado, o objetivo da sua cliente era defender os dois menores, entretanto entregues ao pai, "dos possíveis efeitos colaterais graves" das vacinas. Recorde-se que Cristina Copano é contra a vacinação da covid-19, mas também do tétano ou da rubéola.
Os progenitores das duas crianças divergiam em relação à inoculação dos filhos contra a covid-19. No entanto, o tribunal tinha dado razão ao pai, que era favorável à vacinação. Embora passível de recurso, esta decisão não impedia que, a qualquer momento, o progenitor levasse os filhos para serem inoculados contra o SARS-CoV-2 no período em que as crianças permanecessem com ele.
Receando que assim fosse, Cristina evadiu-se, em novembro, com os filhos para parte incerta, não os entregando ao pai, tal como acordado em regime de custódia partilhada. Já antes, tinha tentado revogar a guarda conjunta para ter absoluto controlo sobre a decisão de vacinar os filhos contra a covid-19, mas sem sucesso.
Depois de passar quase dois meses sem ver os filhos, o progenitor avançou, em dezembro, com uma queixa por rapto junto da Guardia Civil de Mairena del Aljarafee, em Sevilha. A partir daí, a mãe passou a impedir a comunicação total entre pai e filhos, algo que aconteceu até quarta-feira, quando os decidiu entregar.