Os inspetores militares da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa retidos há uma semana por grupos pró-russos em Slaviansk, no leste da Ucrânia, foram libertados.
Corpo do artigo
O grupo de observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) tinha sido capturado por separatistas pró-russos no dia 4 de abril e a sua retenção tornou-se uma questão diplomática central para os países ocidentais, pelo que a sua libertação é entendida também como uma forma de aliviar alguma pressão sobre Moscovo.
Os separatistas descreviam os observadores, liderados por um coronel alemão, como prisioneiros de guerra. Um dos observadores, um sueco, já tinha sido libertado por motivos de saúde, pelo que se mantinham retidos quatro alemães, um checo, um dinamarquês e um polaco.
A libertação do grupo terá sido intermediada por um enviado russo, Vladimir Lukin, que fez o anúncio público: "Todas as 12 pessoas que constavam da minha lista foram libertadas", disse citado pelas agências russas.
"Foi um ato voluntário e humanitário. Estamos muito agradecidos ao chefe da cidade", disse Lukin, numa alusão ao autoproclamado "alcaide do povo" de Slaviansk, Viacheslav Ponomariov.
Lukin manifestou esperança que a libertação seja o primeiro passo para a pacificação da zona. "Gostaríamos que este fosse seguido por outros atos humanitários, em particular, o fim dos confrontos e que as partes se sentem à mesa das negociações", destacou.
Viacheslav Ponomariov afirmou, entretanto, que o grupo da OSCE foi libertado sem condições juntamente com outros cinco detidos ucranianos. "Conforme lhes prometi, celebramos o meu aniversário ontem e eles sairam. Conforme disse, eles eram meus convidados".
A OSCE tem na Ucrânia outra missão especial de observação civil, com cerca de 140 especialistas distribuídos por todo o território e cuja presença é apoiada pelos 57 Estados que formam a organização, incluindo a Rússia.