O líder da oposição britânica, o trabalhista Ed Miliband, confrontou esta quinta-feira o primeiro ministro durante um debate no parlamento sobre os motins com o risco de a capacidade da polícia ser afetada por medidas de austeridade.
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Embora tenha condenado a violência registada nos últimos dias em Londres e em outras cidades inglesas, manifestou preocupação com eventual insuficiência de agentes.
"Os acontecimentos dos últimos dias foram um lembrete evidente a todos nós de que a polícia nas ruas torna as comunidades mais seguras e faz com que os cidadãos se sintam mais protegidos", vincou, após a comunicação inicial de David Cameron.
Miliband desafiou o chefe do governo a "pensar novamente" no corte de financiamento à polícia, questão repetida por outros deputados trabalhistas.
Cameron respondeu que a redução do orçamento é de seis por cento ao longo dos próximos quatro anos, no âmbito do programa do governo para reduzir o défice.
"Penso que é totalmente possível sem qualquer redução do policiamento", afirmou.
Num relatório divulgado em Julho, a entidade que supervisiona a polícia britânica, Her Majesty's Inspectorate of Constabulary, estimou que as forças de segurança perderão 16.200 agentes, num total de 34.100 funcionários, entre março de 2010 e Março de 2015.
O presidente da câmara de Londres, o conservador Boris Johnson, que é responsável pela segurança na capital britânica, também apelou na quarta-feira ao governo para que faça uma revisão do plano de cortes na polícia.