Os líderes internacionais já reagiram ao ataque norte-americano de quinta-feira numa base aérea da Síria que matou, pelo menos, cinco pessoas, como resposta ao bombardeamento do regime de Bashar al-Assad contra uma localidade no norte do país, que matou mais de 80 civis há três dias.
Corpo do artigo
Merkel e Hollande responsabilizam Assad
O presidente sírio, Bachar al-Assad, tem a "inteira responsabilidade" pelos ataques norte-americanos, afirmaram a chanceler alemã e o presidente francês, em comunicado conjunto.
Merkel e Hollande - que souberam do ataque "uma a duas horas" antes dos ataques - disseram que a Alemanha e a França vão continuar a trabalhar com a ONU num "esforço de responsabilizar o presidente Assad pelos seus atos criminosos".
O chefe da diplomacia da Alemanha, Sigmar Gabriel, acrescentou que é "compreensível" a reação dos Estados Unidos contras as estruturas militares do regime de Damasco que cometeram "crimes de guerra".
Israel, Arábia Saudita e Austrália aplaudem ataque
O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, afirmou que a ofensiva ordenada por Trump merece o seu "total apoio", já que envia uma "mensagem forte", que deve também ser entendida pelo Irão e pela Coreia do Norte.
Também a Arábia Saudita saudou a "corajosa decisão" de Trump, num comunicado divulgado pela agência de notícias estatal, em que culpa o Governo de Assad pelo ataque químico contra civis.
A Arábia Saudita, liderada por sunitas, é uma opositora de longa data de Assad e tem apoiado os rebeldes que lutam contra o regime sírio.
O primeiro-ministro da Austrália, Malcolm Turnbull, manifestou também o "forte apoio do Governo australiano à resposta rápida e justa dos Estados Unidos".
Putin diz que ataque foi uma "agressão" com "pretexto inventado"
5778461
Exceção à reação comum é a do presidente russo. Vladimir Putin classificou o ataque "uma agressão" com um "pretexto inventado", e disse que a ação de Washington prejudica as relações entre os dois países.
O presidente russo "vê nos ataques uma intenção por parte dos Estados Unidos de desviar a atenção da comunidade internacional das múltiplas vítimas entre a população civil no Iraque", onde as tropas norte-americanas lideram uma operação militar contra o grupo extremista Estado Islâmico.
Putin já prometeu reforçar a defesa antiaérea das forças armadas sírias.
Irão condena
O Irão condenou "vigorosamente" os bombardeamentos, disse um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Teerão, Baharam Ghassem.
Portugal compreende
Portugal "compreende" os aliados que atuam em retaliação a "crimes de guerra", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, que sublinhou serem precisas posições unidas da ONU e da União Europeia.
Espanha diz que resposta dos EUA foi "proporcionada"
O Governo espanhol considerou o bombardeamento dos Estados Unidos foi "uma resposta medida e proporcionada" à utilização pelas forças armadas sírias de armas químicas contra a população civil do país. O executivo de Mariano Rajoy sublinhou que se tratou de um ataque contra uma base militar, "não contra objetivos civis", indo ao encontro das declarações do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.