Um livro da futura conselheira em comunicação do Conselho de Segurança Nacional do presidente eleito dos EUA, Mónica Crowley, foi retirado dos postos de venda pelo editor, devido a acusações de plágio.
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Um jornalista da CNN passou em revista o livro, publicado em 2012, pela HarperCollins, e identificou mais de 50 passagens copiadas, por vezes com alterações menores, de artigos de imprensa, sítios da Internet, publicações de centro de reflexão ou ainda da Wikipédia.
As passagens são frequentemente de ordem factual, incluindo números ou informações históricas ou económicas e parecem, segundo aos extratos divulgados pela CNN, ter sido simplificadas.
Argumentando que a obra tinha "chegado ao termo do seu ciclo de venda natural", o editor HarperCollins anunciou que ia ser retirada de venda "até que a autora tenha a possibilidade de fundamentar e alterar o seu texto".
A equipa de transição de Donald Trump tinha defendido Mónica Crowley, criticando o que disse ser "um ataque político destinado a desviar as atenções dos verdadeiros desafios com que o país se enfrenta", sem confirmar nem desmentir as acusações de plágio.
O livro de Mónica Crowley, uma autora e comentadora conservadora da cadeia televisiva Fox News, acusava a presidência de Barack Obama de ter enfraquecido a economia e o prestígio dos EUA no estrangeiro, propondo soluções no espírito do 'slogan' da campanha de Trump "Fazer a América grande Outra Vez".
Mónica Crowley já tinha sido acusada de ter feito plágio na sua tese de doutoramento, terminada em 2000, na Universidade de Colúmbia, no Estado de Nova Iorque, sobre as relações diplomáticas entre EUA e China.