A Guardia Civil de Pontevedra recuperou em Baiona um catamarã de bandeira sueca, avaliado em 450 mil euros, que tinha sido furtado do porto de Portimão, entre 14 e 15 de maio. Foi detido um jovem suspeito de ter feito o transporte.
Corpo do artigo
A investigação espanhola começou em julho, na sequência de um alerta das autoridades alemãs, solicitando colaboração urgente para apreender e inspecionar a embarcação. De acordo com o jornal "El Español", as diligências levadas a cabo pela Polícia espanhola levaram recentemente à localização, no porto de Baiona, de uma embarcação com as mesmas características do que havia sido alvo de furto em Portugal.
Identificado, o suposto proprietário do catamarã alegou tê-lo comprado legitimamente. Mas, depois de ter sido apreendido para fiscalização, as autoridades verificaram que se tratava de um barco com nome diferente do original e que apresentava bandeira polaca em vez de sueca. Além disso, os números de identificação de fabrico estampados na popa foram adulterados e a numeração do motor não correspondia à documentação de compra do barco.
Ainda segundo a imprensa espanhola, a Guardia Civil contactou depois o estaleiro onde o barco foi fabricado, em França, e conseguiu chegar à "localização secreta do número único de identificação do casco do catamarã", através da qual foi possível inspecionar novamente o barco e determinar que era, de facto, o mesmo que tinha sido furtado.
As autoridades portuguesas foram informadas do caso e o catamarã foi entregue ao seu legítimo proprietário no dia 13 de setembro.
Suspeito tentou subornar pessoal da marina
As investigações levaram até um jovem de 28 anos, residente na Galiza, como suspeito do transporte do barco para Baiona. De acordo com o "Faro de Vigo", o homem, acusado dos crimes de recetação, falsificação de documentos e corrupção empresarial, terá tentado "subornar os funcionários da marina, oferecendo-lhes uma quantia em dinheiro para obter uma cópia da documentação do legítimo proprietário e desta forma proteger a venda legal do barco".
Paralelamente, as autoridades italianas estão a investigar um outro cidadão, italiano, suspeito de participar na venda do catamarã.