O ex-Presidente brasileiro Lula da Silva afirmou, esta quinta-feira, no Rio de Janeiro, estar "indignado" com a aceitação do pedido de destituição da Presidente Dilma Rousseff pelo líder da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.
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"Subordinar os interesses de um país a uma visão pessoal, coorporativa e de vingança? Quero crer que não é verdade, pois, se for, é muita leviandade", afirmou Lula da Silva, referindo-se a Eduardo Cunha, numa conferência de imprensa juntamente com o Governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão.
O Governador, membro do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB, o mesmo de Eduardo Cunha), disse que o Presidente da Câmara dos Deputados brasileira "errou" ao aceitar o pedido de impugnação e que o país, neste momento, precisa de união.
Luiz Fernando Pezão fará parte de um grupo de Governadores que irá defender a permanência de Rousseff na Presidência e a falta de sustentação jurídica do pedido de "impeachment".
O Presidente do Partido dos Trabalhadores (PT, de Rousseff e de Lula da Silva), Rui Falcão, também afirmou que o texto não tem sustentação jurídica e negou que Rousseff tenha cometido ilegalidades em troca de apoio político.
"O que está em jogo não é se se gosta de Dilma, do Governo, ou não. É a democracia do país, que foi conquistada duramente", declarou Rui Falcão à imprensa.