Maior grupo de comunicação social privado moçambicano lança Fórum Económico e Social
O maior grupo privado de comunicação social moçambicano, o Grupo Soico, anunciou esta quinta-feira em Maputo que vai realizar em 2015 o Fórum Económico e Social de Moçambique, que pretende contribuir para as grandes escolhas do país no futuro.
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Com o lema "Um desafio para o futuro", o designado projeto Mozefo 2015 propõe-se "criar uma plataforma alargada de diálogo e ação para alavancar o crescimento económico de forma acelerada, inclusiva e sustentável", segundo um comunicado do Grupo Soico, que promove o Fórum em parceria com a Hidroelétrica de Cahora Bassa, Millennium Bim, Galp e Accenture.
O Fórum Económico e Social de Moçambique será bienal, composto por três blocos (económico, social e cultural), com a primeira edição no próximo ano, e pretende ser um espaço de referência, "com impacto regional e influência internacional".
O projeto será acompanhado por um conselho científico, que reúne as principais instituições académicas do país, como as universidades Eduardo Eduardo Mondlane, Politécnica e Unilúrio.
Será também constituída uma comissão de honra de 25 personalidades, entre as quais o ex-Presidente Joaquim Chissano, a ex-primeira-ministra Luísa Diogo, o bastonário da Ordem dos Advogados, Tomás Timbane, o bispo anglicano Dinis Sengulane, o empresário Salimo Abdula, os escritores Mia Couto e Paula Chiziane e o presidente da Galp, Ferreira de Oliveira.
Segundo o comunicado, o Fórum vai criar "uma plataforma que fomente a sintonia entre os órgãos decisores públicos e privados na identificação dos principais desafios de Moçambique", atendendo aos instrumentos já existentes como a Agenda 2025, o Mecanismo de Revisão de Pares e a Agenda 2063.
Do resultado do debate vão nascer propostas de linhas de ação, que serão posteriormente acompanhadas, "estabelecendo pontos de monitorização e interação regulares e garantindo a continuidade dos temas entre os fóruns Mozefo".
A realização do Fórum Económico e Social de Moçambique será antecedido por um ciclo de cinco conferências temáticas, que, a partir de novembro deste ano, serão dedicadas aos recursos energéticos, agricultura e pescas, serviços financeiros e turismo.
As conferências seguirão um modelo em que, no primeiro dia, se reúnem os principais atores públicos e privados de cada setor, e, no segundo, o debate será aberto ao público, com transmissão em 'livestreaming' na internet para todo o país e estrangeiro.
"Moçambique está num momento ímpar da sua história. Temos índices de crescimento elevados, mas há muito trabalho a fazer para garantir que todos têm condições de usufruir da riqueza que o nosso país", comentou o presidente do conselho de administração do Grupo Soico e também membro da comissão de honra.
"A nossa proposta é que nos juntemos todos num espírito de união para identificarmos, em conjunto, os desafios que Moçambique enfrenta e buscarmos as nossas próprias soluções", disse ainda Daniel David.
O lançamento do projeto foi marcado para o fim do dia de hoje, na escola Josina Machel, em Maputo, perante 600 convidados e transmissão em direto pela televisão do grupo, STV.