Milhares de pessoas manifestaram-se este sábado em Moscovo contra e a favor da integração da Crimeia na Rússia.
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Uma das manifestações foi convocada por um movimento da oposição ao presidente russo, enquanto a outra foi organizada por grupos nacionalistas a favor de Vladimir Putin.
As manifestações acontecem na véspera do referendo na Crimeia sobre a reanexação à Rússia.
"Pela vossa e pela nossa liberdade!" lia-se numa faixa que encabeçava a manifestação convocada pela oposição ao presidente Vladimir Putin. A marcha, que partiu da Praça Pushkin em direção à avenida Sakarov, terá reunido cerca de 20 mil pessoas, segundo estimativas das agências de notícias internacionais.
Na Praça da Revolução e do Kremlin, cerca de 15 mil pessoas responderam ao apelo das organizações nacionalistas em apoio à política do presidente Vladimir Putin.
Na cidade de Kharkiv, no leste da Ucrânia, pelo menos duas pessoas morreram e outra ficou ferida, este sábado, na sequência de um tiroteio envolvendo nacionalistas radicais e militantes pró-russos. "Tratou-se de uma provocação muito bem planeada", afirmou o chefe da administração regional de Kharkiv, Igor Baluta, em declarações à agência Interfax-Ukraine.
Segundo indicou o mesmo responsável, o tiroteio ocorreu depois de um pequeno autocarro, que era procurado pela polícia, ter irrompido numa das praças onde decorria um protesto de pró-russos e dos seus ocupantes terem lançado petardos contra os manifestantes.
Igor Baluta disse ainda que, de acordo com relatos de testemunhas, a viatura foi utilizada por homens que usavam máscaras para atacar, no passado sábado, dia 08, participantes de um encontro pró-russo.
Segundo testemunhas citadas pelo canal Rússia 24, após o incidente na praça, os manifestantes pró-russos dirigiram-se para a sede da formação radical ultranacionalista ucraniano 'Setor das Direitas', junto ao qual se encontrava estacionado o veículo e tentaram tomá-lo de assalto.
Os ocupantes ultranacionalistas é que abriram fogo, segundo fonte policial citada pela AFP, que não indicou, porém, se os manifestantes pró-russos ripostaram.
O edifício foi depois cercado pela polícia e após várias horas de negociações, os militantes do 'Setor das Direitas' depuseram as armas e entregaram-se.