Moscovo reserva-se o direito de proteger os seus compatriotas na Ucrânia, declarou o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, após confrontos que causaram um morto e vários feridos em Donetsk, no leste da Ucrânia.
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"As autoridades de Kiev não controlam a situação no país (...) A Rússia tem consciência da sua responsabilidade em relação à vida dos seus compatriotas na Ucrânia e reserva-se o direito de os proteger", declarou o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo num comunicado.
Um manifestante pró-Kiev morreu esfaqueado, na quinta-feira, e perto de 20 ficaram feridos em confrontos entre pró-russos e pró-ucranianos em Donetsk, no leste russófono da Ucrânia.
"Declarámos várias vezes que as autoridades que chegaram ao poder em Kiev devem desarmar os combatentes, assegurar a segurança da população e o direito das pessoas organizarem manifestações", indica o comunicado, adiantando que "infelizmente, como demonstram os acontecimentos na Ucrânia, isto não está a acontecer".
Donetsk, que entre 1924 e 1961 se chamou Stalino em homenagem ao ditador soviético Joseph Estaline, tem quase um milhão de habitantes, metade dos quais é ucraniano e a outra metade de etnia russa.
Numerosos ucranianos acreditam que a Rússia não vai parar nas fronteiras da Crimeia, península ucraniana de maioria russa onde forças pró-russas assumiram o controlo e que realiza no domingo um referendo sobre a união com Moscovo.